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EXPOSIÇÕES

Exposição Esquadros caidos na esquina – Egidio Rocci

Esquadros Caídos na esquina

Um banco que mais que um banco em outro banco,
Banco de sentar, de depositar ou somente o verbo…
Uma reta medida pelo esquadro vira uma esquina,
Uma quina de objeto, um canto, a arte que se acha,
No esquadro usado para criar, quinas, cantos arte…
Desenhistas criando projetos, carpinteiros os móveis,
O artista que se perde nos esquadros cria esquinas,
Tudo se encaixa, converge, se encontra e até parte…
Uma perna de móvel sem varizes se eterniza, sempre,
Os segredos perdidos estão em gavetas nas esquinas…
Tudo é poesia, mesmo o toque agressivo do martelo,
A porca é mais que um parafuso ou um mamífero,
A porca une as esquinas retas pelos esquadros tortos…
Sentimentos e emoções perdidas num objeto imóvel,
A mobilidade está na alma e no coração de quem vê,
Se acha nas gavetas e nos encaixes das esquinas…
Num despertar do guardado há muito tempo pelo tempo
Abrir a gaveta na esquina da arte e apenas degustar…
André Zanarella – 09/2019

A exposição do artista, Egídio Rocci, Esquadros Caídos na Esquina, propõe uma retrospectiva da carreira do artista. Nesta mostra são apresentados alguns trabalhos da série Caixas, que o artista utiliza textos manuscritos, objetos do cotidiano e colagens, montados em caixas de madeira. Essas obras podem nos apontar o momento da carreira do artista que encontrou sua linguagem escultórica, passando a expandir cada vez mais a construção de esculturas e instalações grandiosas, elaboradas e complexas utilizando móveis, prateleiras, estantes ou até mesmo pedaços de madeira.

Na série de “LIVROS” produzida no final de sua vida (entre 2012 e 2015) o artista constrói pequenos objetos que incorporam o formato de livro, concebidos partir de pedaços de móveis, trenas, lápis e pedaços de madeira. Assim como os livros, são carregados de histórias, narrativas e memórias. Estão expostas também algumas esculturas cinéticas, nas quais o artista brinca com a poética que o movimento das obras pode gerar.

Egído Rocci nasceu em Caçapava  em 25/10/1960 faleceu em São José dos Campos em 17/11/2016. Egídio era um artista visual sem formação acadêmica em Artes Visuais. Sua formação se deu através de cursos específicos, tais como desenho, fotografia, escultura, por exemplo. Além dos cursos livres, Egídio se se dedicou a estudar Filosofia da Arte e participar de grupos de estudos para discussões aprofundadas do tema. Seus trabalhos mais significativos são esculturas construídas a partir do uso e sobras de móveis, objetos do dia a dia, garimpados de depósitos de móveis usados, ou até mesmo encontrados na rua, os quais perdem sua função utilitária sendo transformados em obras de arte e desta forma expandindo o conceito do ready made.

Algumas exposições coletivas:

Coletiva do programa de Exposições 2005, Centro Cultural São Paulo, ARCO 05, Madri, Espanha, Galeria Berenice Arvani; 2004 – 33° Salão de Artes de santo André  11° Salão da Bahia, MAM Bahia, Construtivos Cinéticos, Coletiva Berenice Arvani, SP, I Salão Aberto, Paralelo à XXVI Bienal Internacional de São Paulo;  3° Salão Nacional de Arte de Goiás; 9° Salão de Arte da Bahia, MAM Bahia; Salão de Arte da Cidade de Porto Alegre;  30° Salão de Arte de Santo André, SP.

Exposições Individuais:

2019 – Compressão do Ar (ou  E=M2) –  (mostra itinerante na Galeria do SESI de São José dos Campos, Campinas, Itapetininga, São José do Rio Preto);

2012 Continente – Centro Cultural São Paulo;

2011 Madeirame – Fundação Badesco – Florianópolis SC; 2009 Corrente – SESC S. José dos Campos SP;

2008 Galeria Berenice Arvani – S. Paulo SP; 2007 Paço das Artes – São Paulo SP – Temporada de Projetos 2007/2008;

2005 Centro Cultural São Paulo SP – Programa de Exposições 2005;

2005 Espaço das Artes Helena Calil – S. José dos Campos SP;

2004 Galeria Berenice Arvani – S. Paulo SP; 2003“Caixas” – Photozophia Café – S. Francisco Xavier SP