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EXPOSIÇÕES

Exposição Icones Volatilium – Tamara Andrade

Icones Volatilium

Um ponto de luz pode ser uma sombra

Tamara que vem de Tâmara, uma árvore,

O alimento no meio do deserto areoso,

Uma palmeira que alimenta, dá a vida…

Os pássaros são a vida na forma liberta,

Na leveza de asas e de penas, vão além,

No cotidiano de um móvel pousa a ave,

A alma liberta vê a beleza e a cativa, voa…

Pássaros que são luzes, clarões, voos,

No brilho da estática tela, movimento,

A Thamar hebraica traz pontos de luz,

Convida a alma a voar e a se alimentar…

Reflexões do cotidiano e do imaginativo,

Tudo é frutífero até o ponto do deserto

Até um pássaro estático numa obra de arte,

Que deixa de ser estático e se movimenta,

Traz transmutações para a alma, liberta…

André Zanarella – 09/2019

A mostra Icones Volatilium, de Tamara Andrade tem o desenho como protagonista. Em sua pesquisa realizada com os artistas viajantes do Brasil no século XVI e XVII, a artista traz trabalhos com pássaros que fazem referência a ilustrações do artistaAlbert Eckhout (pintor holandês que viajou para o Brasil entre 1637-1644, a serviço de Mauricio de Nassau e documentou a florae a fauna local) e publicados no livro Theatrum rerum naturalium Brasiliae [Teatro das coisas naturais do Brasil].Simbolicamente os pássaros, em diversas culturas, podem representar anjos, mensageiros, sabedoria e ligação entre os planos.Simbolismo este que podemos encontrar também na construção das obras nas quais a artista executa uma união da anatomiados pássaros com a humana, criando seres alados, com leveza no traço e total domínio do desenho anatômico.

Tamara é bacharel em Multimída e Intermidia pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Foi artista residente da oficina KM.0 Urbano/05, do Museo de Arte Contemporaneo de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, em 2005.

Participou da Bolsa Iberê Camargo, no projeto Artista Convidado do Ateliê de Iberê Camargo, em 2008. Em 2011, a artista foi selecionada para a 4a Edição do Prêmio CNI / SESI – Marcantonio Vilaça, e para a 5a Edição do Prêmio PIPA, em 2014.

Devido a sua experiência com a técnica forense do retrato falado, Tamara colaborou na execução dos desenhos nos trabalhos do Museu das Vistas, de Carla Zaccanini, entre 2005 e 2012, e Meu Primeiro Amor, de Rivanne Neuenschwander, em 2014, durante a exposição panorâmica Mal-entendidos, no MAM de São Paulo.

Em 2018, foi selecionada para o “Caminho do Sertão”, uma rota de 186km pelo sertão de Minas Gerais baseada na obra de Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas.

Tamara participou de algumas exposições coletivas e individuais nos seguintes espaços Institucionais: Centro Cultural de São Paulo, Sesc Pinheiros, Pinacoteca do Estado, Fundação cultural de Itajaí. Galerias: Baró Cruz, A Gentil Carioca e Vazante