No meio do tumulto, um respiro…
Na parede o RESPIRO, um descanso, um repouso, uma folga das notícias nem sempre bem vindas do dia a dia. Nas cores, na criatividade do artista, um respiradouro onde se deixa brotar a arte, esta que é um alimento e um tônico para a vida. A arte nos dá alento para os dias difíceis… Alento tanto para o artista que necessita produzir, quanto para o expectador que aprecia e coleciona o trabalho do artista, afinal um depende do outro em uma relação quase simbiótica, na qual todos saem ganhando.
A Galeria Poente, inicia o ano de 2021 com a exposição coletiva “R E S P I R O”, a partir do dia 19 de janeiro. A mostra coletiva reúne obras produzidas por cinco artistas sendo dois de Taubaté, três de São José e uma artista de São Paulo. A visitação será com horário pré-agendado seguindo os protocolos dos órgãos responsáveis.
Durante a exposição o público poderá conferir pinturas acrílicas sobre tela, grafite sobre tela e sobre papelão, estêncil sobre objetos, pintura encaustica. A mostra permanecerá na Galeria Poente até o dia 20 de fevereiro de 2021. Serão expostos trabalhos de artistas jovens em sua primeira mostra, bem como artistas mais maduros com produção já expostas em galerias e instituições culturais.
Participam dessa mostra os seguintes artistas:
Corina Ishikura , If! , Martin Perez, MR. Fred VRStencil
Corina Ishikura vive e trabalha em São Paulo. É artista e pesquisadora. Sua produção discute a relação do ser humano com o universo, sua impermanência, atuando na essência do abstrato. A partir de e através da pintura, colagem, desenhos e outros materiais, suas obras buscam a expressão do pensamento que vai além da forma abstrata por si mesma, reflete e se comunica sobre gestos humanos perante a vida, sobre a dimensão do que é mutável, inconstante e imprevisível
If! é bacharel em arquitetura, pós graduado em linguagens artísticas integradas e mestre em economia criativa. Vive e trabalha em Taubaté. Depois de experiências no mercado de arquitetura e design gráfico, passa a se dedicar regularmente as artes visuais através de oficinas ministradas em Sescs e Centros Culturais onde utiliza a serigrafia para estimular processos de produção colaborativa. Tem um trabalho autoral utilizando principalmente o estêncil e experiências murais utilizando expressões humanas em uma técnica que trabalha entre o gráfico e o pictórico, buscando suportes diversos para transmitir expressões leves e sensíveis para todas as pessoas.
Martin Perez residente em São José dos campos. Nasceu em Montevidéu e está no Brasil desde 2010. Desde cedo frequentou o atelier do famoso artista plástico uruguaio Diego Piriz, na Escuela Don Ignácio Iturria, adquirindo assim um contato muito íntimo com a pintura e a escultura. A música veio complementar essa formação plural e diversificada do artista, que passou a pintar, escrever e tocar saxofone em Montevidéu. O artista utiliza principalmente a tinta acrílica em suas telas. Realiza também esculturas em madeira
Fred vive e trabalha em São José dos campos. Atua com o grafite há cerca de 20 anos. Já fez trabalhos por todo o Brasil, possui trabalhos no Chile, Argentina e Peru. Em 2019 o grafiteiro teve o projeto ‘Galeria a Céu Aberto: O Fantástico Mundo de Mr. Fred’ foi aprovado por meio de um edital e recebeu apoio da Secretaria Municipal da Cultura. Além de ser uma homenagem para a cidade, o projeto teve intenção de quebrar o preconceito com o grafite e fazer com que mais pessoas conheçam a arte. Mr. Fred ministra várias oficinas de grafite, palestras, além de desenvolver trabalhos sociais, educacionais e culturais junto às comunidades onde atua por intermédio do Instituto Gueto – Associação dos Arte Educadores, Agentes Sociais e Similares do Estado de São Paulo
VRStencil tem formação em Artes pela Escola Fego Camargo. Atua como professor de artes (pintura e grafite). Tem o grafite como sua forma de expressão. Em seu trabalho, representa ícones da cultura de massas, com referências a arte pop. Faz questão de apresentar questões referentes a representatividade afro-brasileira utilizando como modelos principalmente personagens anônimos de sua cidade. Em seus trabalhos retrata também importantes personagens do movimento negro. Já participou de exposições individuais e coletivas.
YOULUCAST não tem formação em artes, entretanto com mãe pintora, sempre esteve rodeado de materiais de pintura e obras produzidas por ela. Recentemente se interessou por seguir os caminhos da mãe, entretanto com temática e estilos bastante diversos. Em suas duas primeiras séries, Dystopia e Kymera, questiona se caminhamos para uma sociedade distópica ou se já estamos vivendo em uma. Temas como a objetificação sexual do próximo, o consumo pelo consumo, pandemias globais, pressão estatal, estado de vigilância, fusão do homem com a máquina, niilismo e outros são colocadas em minhas obras marcadas pela violência visual. O processo de criação é íntimo e visceral, na maioria das vezes não planejados, atuando de maneira totalmente inconsciente,
